
Posso observar agora, - e não que tenha me inclinado ao esquecimento ou leiguice em tempos pretéritos - que a tal cobiça, dita também pecado capital sob aspectos religiosos, era, para o cão que lhe escreve tamanhas heresias, um estigma notável e triste, o qual se mostra agora capaz de levá-lo à ruína em menor tempo do que aquele gasto por uma partícula alfa ao iniciar sua parábola lenta e caricata de encontro ao chão. Mas quero lhe apresentar durante estes períodos longos e confusos, leitor de amargos olhos, uma espécie de cobiça que afugentou em definitivo o ser que pôde captar em meu semblante rugoso o esclarecido desapontamento por certa citação inconveniente, a qual aqui também o será. Avalie:
Em ocasiões semelhantes àquelas que leitores mais fiéis idenficariam (textos anteriores), esforçava-se a moça para manter-se em pose vantajosa, isto é, preservar nos olhos do menino encantado a herança mais característica da Escola Romântica. Para tanto, quase imediatamente ao encontro, pusera-se ela em uma torre intimidadora e inalcançável, para fazer-lhe (digo, fazer-me) contemplá-la em níveis inferiores e desgostosos junto do tom imaculado da pele que se fez em um açoite faminto e esguio.
E foi no desenrolar do diálogo desesperado e diário a que submetia a dama - esta sempre se ausentava poucos minutos após minha interjeição gentil - que anunciou-me, suponho que com grande ingenuidade, a interferência de um personagem terceiro ainda sem figuração: um cortejador (e peço-lhe que verifique o significado de tal verbete em seu suporte linguístico vitalício, pois o mesmo reaparecerá em meus registros banais).
E em consideração ao que nomeei meu ponto-chave, lanço o desafio: Se através de olhar analítico e imediato uma dama for capaz de ver-se sob cobiça declarada de um cavalheiro, dou-lhe minha fé embrulhada em adornos de servidão, pois meu rosto se desfez em calor, em fúria e em unidades de mudanças fisiológicas, e a moça, serena e cautelosa, virou-se à porta e despediu-se com um sorriso como qualquer outro. O fim.
Em ocasiões semelhantes àquelas que leitores mais fiéis idenficariam (textos anteriores), esforçava-se a moça para manter-se em pose vantajosa, isto é, preservar nos olhos do menino encantado a herança mais característica da Escola Romântica. Para tanto, quase imediatamente ao encontro, pusera-se ela em uma torre intimidadora e inalcançável, para fazer-lhe (digo, fazer-me) contemplá-la em níveis inferiores e desgostosos junto do tom imaculado da pele que se fez em um açoite faminto e esguio.
E foi no desenrolar do diálogo desesperado e diário a que submetia a dama - esta sempre se ausentava poucos minutos após minha interjeição gentil - que anunciou-me, suponho que com grande ingenuidade, a interferência de um personagem terceiro ainda sem figuração: um cortejador (e peço-lhe que verifique o significado de tal verbete em seu suporte linguístico vitalício, pois o mesmo reaparecerá em meus registros banais).
E em consideração ao que nomeei meu ponto-chave, lanço o desafio: Se através de olhar analítico e imediato uma dama for capaz de ver-se sob cobiça declarada de um cavalheiro, dou-lhe minha fé embrulhada em adornos de servidão, pois meu rosto se desfez em calor, em fúria e em unidades de mudanças fisiológicas, e a moça, serena e cautelosa, virou-se à porta e despediu-se com um sorriso como qualquer outro. O fim.